domingo, 10 de março de 2013

Tema: Você sente o preconceito a sua volta?

Depois de ler os dois artigos abaixo e debater sobre um dos principais alvos do preconceito humano: o Racismo,  reflita sobre a questão da discriminação em todas as áreas e escreva um artigo de opinião focado no tema:
Você sente o preconceito a sua volta?

“Há preconceito até nas relações afetivas. Já desisti de casar com um rapaz branco por causa da pressão da família dele”. 

 Meu Deus, até quando serei procurada para opinar sobre este tema? Certamente enquanto houver discriminação nesse país. Acreditar que não existe racismo no Brasil é perda de tempo. Existe, sim, apesar de vivermos em uma nação mestiça.
Na verdade, o racismo é um fenômeno multifacetado que atinge todas as esferas: social, econômica, política e cultural. Se não há racismo no Brasil, onde estão os nossos representantes entre os empresários, embaixadores, ministros da Fazenda, da Indústria, etc?  E não me venham dizer que o negro não está preparado para estas funções. É claro que está. Mas, nas relações de trabalho, os negros ganham menos do que as mulheres, que, por sua vez, ganham menos do que os homens.
Outro exemplo típico são os anúncios de jornal que pedem moças e rapazes de “boa aparência”. Está intrínseco que o candidato precisa ser branco. Mesmo que seja um negro com ótimo currículo, a prioridade será sempre para os brancos. Outra prova de que existe racismo são as piadas e os discurso pejorativos, como aquela que diz: “O negro, quando não suja na entrada, suja na saída”.
Há racismo também nas relações afetivas. Eu mesma sofri isso na pele nos anos 70, quando vivia com um rapaz. Quando resolvemos casar, a família dele colocou a maior pressão. Resolvemos, então, continuar apenas amantes.
O peso da discriminação é muito grande para nossos filhos. Não basta termos apenas duas senadoras negras, Benedita da Silva e Marina Silva. Queremos que o negro seja aceito plenamente como cidadão em todos os seus direitos. Só assim ele poderá morar e ter o direito de ir e vir tanto na zona norte quando na zona sul do Rio de Janeiro, sem desconfiança nem discriminação. Quem sabe aí nossos filhos terão o direito de sonhar em se transformarem, um dia, em embaixadores, generais e empresários.
Zezé Motta, cantora e atriz


“O problema, no fundo, é de mobilidade social. O negro não pode entrar no clube do branco porque ele é pobre”.

Não existe racismo no Brasil. Não temos em nosso país nada que se assemelhe ao apartheid que existiu na África do Sul ou à discriminação que, nos Estados Unidos, produziu uma sangrenta campanha pelos direitos civis.
A sociedade brasileira não é racista, e prova disso é que não há clubes exclusivos para brancos. Se o negro não é admitido lá dentro, o que existe é preconceito econômico. Preto não entra no clube porque é pobre. A questão é, no fundo, de mobilidade social. Vindos de uma camada mais pobre, os negros dificilmente têm acesso a funções de maior relevo. Se já tivemos generais pretos, nenhum deles chegou a quatro estrelas, por exemplo. Há gente de cor em nossos tribunais superiores, mas não no Supremo Tribunal Federal.
O quadro se assemelha à discriminação sofrida pela mulher, que também tem dificuldade para chegar aos postos mais altos. Não podemos esquecer que a situação, no entanto, já foi pior. Quando entrei para a Escola Militar de Realengo, em 1939, havia um racismo mascarado. Após pegar sol nas praias do Rio de Janeiro, um caboclo do Pará tirou uma fotografia e a enviou com o pedido de inscrição à direção da Escola Militar. Foi recusado. Quando compareceu pessoalmente, o pessoal percebeu que ele não era preto e o rapaz foi aceito. No Realengo, havia ainda um aberto anti-semitismo. Os judeus eram barrados.
Apesar da escravidão durante o período da monarquia, o racismo como doutrina não vingou no Brasil por causa da miscigenação. O português aqui cruzou com negros e índios, ao contrário do que ocorreu na África, e isso gerou a fabulosa mulata brasileira, admirada por todos.
O curioso é que, se há algum tipo de preconceito racial, ele é cultivado pelos próprios negros. Por que Pelé e Romário escolhem mulheres brancas para o casamento? Parece que, ao ascender socialmente, o negro brasileiro tende a desprezar a própria raça.

Jarbas Passarinho, ex-senador da República


Leia mais seguindo os links abaixo:


http://diariodebordodapri.blogspot.com.br/2012/03/08-de-marco-dia-internacional-da-mulher.html

http://www.biblioteca.ifc-camboriu.edu.br/criacac/tiki-index.php?page=Lucas+V.

2 comentários:

  1. pior q sinto viu kk- as pessoas tem preconceito até com gatinho preto fala q é azar NADAAAAAAAAA HAVERRR ¬¬',Gooostei bastante do seu texto :D

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  2. gostei muito.... parabens pelo texto

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